terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A festa do chá

Nos tempos que correm, vive-se uma onda de verdadeiro revivalismo: são feitas novas versões de tudo o que é clássico. Ou melhor, quase tudo. Uma das minhas grandes frustrações é que ninguém faz uma versão actual, decente, da história da Alice no País das Maravilhas.

Com as novas tecnologias, tenho a certeza que ia ser um sucesso!

Por isso, decidi pôr eu mesma mãos à obra e fazer a minha versão. Não tendo meios técnicos para o fazer e ainda não conseguindo falar, não consegui explicar a ninguém a minha ideia.

Por isso, fiz como a Alice, do original, e fiz o filme... na minha cabeça...

Aproveitei o facto de se terem juntado quase todos para celebrar o meu 1º aniversário (em Agosto), e, mentalmente, fiz... A FESTA DO CHÁ!

Aqui vai:

"Apesar de ser um dia quente de Verão e estarmos em período de férias escolares, a minha familia decidiu dar-me uma aula de história (não foi bem assim, mas sabem como os adultos costumam pôr-se a contar histórias antigas quando se juntam...).

Aquilo estava a dar-me uma seca tremenda. Abstraí-me e começei a pensar...
A pensar num sítio diferente, um mundo onde os animais e as flores pudessem falar.

Abstraída nestes pensamentos, dei por mim a andar pelo meio das flores.

(devo esclarecer que nesta minha versão a Alice não vai sozinha para o País das Maravilhas - leva os seus amigos).

Continuando: longe vão os tempos em que as pessoas tinham que percorrer os campos de flores a pé. Hoje, vamos de mota:Ou melhor, tentamos ir. A gasolina está caríssima e as nossas mesadas não acompanham a inflacção. Toca a empurrar a mota...De repente, passa por nós um cão preto muito veloz, a correr. O cão usava um relógio e gritava qualquer coisa como "chegar atrasado, estou atrasado, muito atrasado, é tarde, é tarde..." O meu primo Tiago (Tiago Primeiro) correu rapidíssimo atrás do veloz cãoMas o cão corria mais que nós e desapareceu para dentro de uma pequena casitaO primo Tiago (Tiago Segundo) foi o primeiro a espreitar lá para dentroO Francisco fez o mesmoEsta curiosidade natural dos rapazes deixa-me aborrecidaMas acabámos por entrar todos lá para dentro.

Fomos dar a um sítio muito estranho. Os objectos falavam e eram de tamanhos anormais.

Uma fechadura virou-se para mim e disse que se quisesse passar atrás dela tinha que beber um pouco dum conteúdo dum frasco que de repente ali apareceu.

O frasco tinha uma etiqueta que dizia "BEBE-ME".
Antes que eu tivesse tempo de fazer alguma coisa, alguns dos meus amigos puseram-se mesmo a beber. Alguns deles dizem que também comeram (cof, cof...)
Resultado: ficaram enormes!!! Muito maiores que eu!
Tão enfartados ficaram de comida, que acabaram por derrubar a porta onde estava a maçaneta só para conseguirem mais espaço (e acho que alguns deles achavam que do outro lado da porta havia um bar...).

Fomos ter a um sítio onde estavam uns animais a cantar e a dançar.
Nisto, passa por eles o cão preto, a gritar "estou atrasado, muito atrasado, é tarde, é tarde..."

Corremos atrás do cão e fomos dar a um bosque.

Foi então que nos apareceu uma dupla divertidíssima: Tuidelidum e Tuidelidim.

Muito divertidos. Cantavam, dançavam e ainda me deram uma lição de lógica.
Uma lógica muito estranha. Contaram-me uma história sobre uma morsa, um cozinheiro e umas ostras.
Aliás, passados alguns meses sobre esta cena, continuo a achar que o que estes dois me dizem não tem muita lógica... Mas adiante.

Deixámo-los a falar sozinhos (no fundo, já estão habituados) e pusemo-nos a andar pelo bosque. Acabámos por ir ter ao pé de uma casa muito bonita. Era a casa do cão veloz!

O cão apareceu e disse-me: "Mariana, vai lá dentro e traz-me as luvas!". Confusa e surpreendida, obedeci. Já lá dentro, vi uma bolacha que tinha escrito "COME-ME". Foi o que fiz.
Má escolha. Fiquei enorme e dei cabo da casa do pobre cão. Tive que comer outra bolachinha para voltar ao meu tamanho normal.

Entretanto, o veloz cão saía dali a dizer "estou atrasado, estou atrasado!"

Lá fomos nós outra vez a correr atrás do cão. Desta feita, fomos dar a um jardim encantado, onde as flores falavam. De repente, ouço uma criatura a chamar "ALICE!"

A criatura era uma lagarta que fumava cachimbo(não é este. Este é o tio Fernando e não fuma. É desportista...).

A Lagarta era muito mal educada e seguimos o nosso caminho. Fomos dar a um sítio com muitas placas confusas para todo o lado. No alto duma árvore apareceu o Gato- que- ri(não é este. Este é o Francisco. O Gato que ri esteve na festa, mas teve que sair mais cedo).

O gato só falava por enigmas e não ajudou nadinha. Mas mandou-me ir ter com o Chapeleiro Louco
(também não é este. Esta é a bisavó Manuela).

O Chapeleiro Louco estava com a Lebre Maluca(não é esta. Esta é a tia Paula)

A Lebre Maluca e o Chapeleiro Louco estavam a fazer uma "festa do chá". Ele dizia que era uma festa de desaniversário. Lembrei-me que, curiosamente, era o meu aniversário.

Aproveitámos todos e desbrindámos à minha saúdeCom tudo isto, eu já estava extremamente cansada daquela festa tão estranhaQueria ir para casa e pus-me a andar pelo caminho por onde tinha vindo.
Mas deparei-me com um cão que tinha uma vassoura no lugar da cabeça e que ia varrendo as pegadas que eu tinha deixado.

O gato que ri acabou por me indicar um caminho. Ia dar ao Palácio da Rainha! A Rainha de Copas.

Naquele Palácio, eu sentia-me (sentei-me?) uma verdadeira Princesa
Os meus amigos invadiram literalmente o palácio
Partimos a loiça toda e lançámos o caos.

O Francisco, trincava tudo o que mexiaEntão, apareceram os UHF e puseram-se a tocar, alto e bom som, o "Menino estás à janela" (com o teu cabelo....)
Quem parece que não gostou da brincadeira foi a Rainha de Copas. Ela gostava de ser ela a mandar e tinha fama de mandar cortar a cabeça de quem a contrariava.

Foi o que sucedeu. Irritou-se e mandou-nos cortar a cabeça!

Felizmente, lembrei-me que ainda tinhamos um bocado de bolo mágicoMas o Tiago (Tiago segundo) enganou-se e comeu um dos bolos para diminuir. As guardas da Rainha tentaram logo agarrar nele para lhe cortar a cabeça
Mas os que o comeram o bolo mágico ficaram logo muito maiores que o Palácio
E foi assim que conseguimos sair dali a correr. A correr muito.

Olhei para trás e vinham a perseguir-nos. A Rainha, o Chapeleiro Louco, a Lebre Maluca, a Morsa e o Carpinteiro...

Mas, de repente, começaram a desaparecer...

De repente, ouvi uma voz que dizia: "Alice, acabou a festa, vamos esvaziar o castelo e vamos para casa. Já dormiste muito, querida...."!
THE END"

domingo, 2 de dezembro de 2007

Rápida evolução

Com 10 meses, voltei à praiaAgora já gosto muito e quero é dar grandes caminhadas (com pequenas passadas)Já com 11 meses, começo a denotar alguns sinais de que sou filha dos meus pais: não regulo muito bem.
Uma das pancadas: virar-me que nem um frango assado na cama, ou dormir atravessada

sábado, 1 de dezembro de 2007

A Bela e o Monstro (numa só)

Apesar de me armar em durona aqui no blog, no fundo sou uma menina e sou muitíssimo feminina.

Nessa vertente, tenho os meus dias lamechas e tenho direito a ser sentimentalisma.

Numa dessas "crises", deu-me para divulgar aqui esta foto, apanhada numa sessão de sesta cheia de ternura com a mãe:Ah, posso ter a parte da menina, mas no fundo, também me acham um monstrinho e tenho o meu quê de jogador de rugby ou de Maria Rapaz.

Sem medos, trepo a qualquer coisa e mando-me de cima de tudo.

E desde muito cedo (a caminho dos 9 meses), aprendi a pirar-me e a subir escadas(estava a brincar. Só aprendi a subir escadas. A pirar-me, não consigo, que está sempre alguém de olho em mim)